O rio São Francisco quando menino 💧

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O rio São Francisco quando menino 💧

 

No livro São Chiquinho ou o rio quando menino, o autor João Bosco Bezerra Bonfim conta, em forma de cordel, a história do Rio São Francisco antes de se tornar o famoso Velho Chico. Você conhece?

 

 

O Rio São Francisco é um dos maiores cursos d’água da América Latina. A sua nascente fica na região de Minas Gerais, e ele deságua no Oceano Atlântico. Em seu caminho, ele passa pela Bahia, em Pernambuco, Sergipe e Alagoas – inclusive, servindo de fronteira natural para esses últimos. 

O nome foi uma homenagem a São Francisco de Assis, já que a primeira viagem aconteceu no mesmo dia do santo, em 1501, sob a direção de Américo Vespúcio. Antes disso, o rio era chamado de Opara pelas comunidades indígenas que viviam às margens.

Após a chegada dos europeus, a primeira cidade a ser fundada em suas margens foi a histórica Penedo, que está localizada no estado do Alagoas. A região também era muito povoada por comunidades indígenas, como o povo Caetés.

 


Ilustração de Mateus Rios

 

A primeira atividade econômica significativa relacionada ao rio foi a criação de gado. Com o passar dos anos, a influência de suas águas na agricultura, transporte, geração de energia, alimentação e subsistência foi essencial. É um rio que gera a vida! O São Francisco também já foi ator de novelas, de filmes, e é presença constante nas fotos tiradas nos estados em que circula. 

O problema é que o Velho Chico está sofrendo com as ações do homem, com a devastação que vem acontecendo em suas margens. As matas ciliares, as drenagens, o projeto de transposição, tudo faz com que as águas do rio sejam poluídas e até certas partes do percurso sequem.

Um fato curioso sobre o rio São Francisco é a existência do Farol São Francisco do Norte. Em 1856, a estrutura foi colocada para sinalizar onde estava a foz do lado alagoano. Porém, em 1880, ele já era invadido pelas águas, e mesmo a sua mudança para o lado sergipano, em 1884, não impediu que o mar avançasse totalmente sobre o farol. Hoje, ele já está dentro d’água do mar e está inclinando-se aos poucos. Entretanto, está lá, firme e forte, representando a história da região e a força das mudanças da natureza.

 


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