Bate-papo com Rosana Rios e Princesa Clara

Papeando -

Bate-papo com Rosana Rios e Princesa Clara

Batemos um papo rápido com a Rosana Rios, autora de O reino dos mal-humorados.

A princesa Clara, personagem do livro, não se aguentou e também quis participar. :)

 

ROSANA RIOS

 


Conte-nos um pouco sobre a criação da história e o desenvolvimento dos personagens.


Este conto nasceu quando eu era roteirista do programa “Bambalalão”, na TV Cultura de São Paulo. Foi escrito em diálogos, para ser representado por atores na televisão, e por isso eu criei os personagens mais ou menos para se adequarem aos atores do elenco. A princesa foi vivida por Silvana Teixeira, o menestrel por Álvaro Petersen, a Rainha por Dulce Muniz e o Rei pelo inesquecível e saudoso João Acaiabe. Mas é claro que, quando a gente cria um personagem, ele escapa das nossas mãos e cria vida própria…. Foi o que aconteceu com todos os personagens desta história, que cada um pode imaginar como quiser.

 

Por que mal-humorados?


Acho que todo mundo tem seus momentos de mau humor (eu, pelo menos, tenho!). Mas tem coisas que sempre acabam com meu mau humor, especialmente a música! Então imaginei um lugar onde todo mundo seria mal-humorado – porque lá não existiria música… e nasceu a história.

 

O texto foi originalmente escrito como roteiro de teatro. Como foi o processo de transformá-lo em livro? Quando isso aconteceu? Houve mudanças significativas na estrutura?


Bem, foram muitas mudanças. Quando escrevi originalmente, na década de 1980, era um roteiro de TV, apenas com diálogos e indicações para a produção da televisão, como detalhes sobre cenários e sonoplastia. Anos depois, modifiquei bastante para virar uma peça de teatro, que foi publicada em livro, mantendo as indicações de movimentação dos atores em cena e com dicas para uma montagem em espaço escolar; a maior diferença é que, para essa versão, criei uma personagem-fada, que era quem narrava a história. Já quando fiz a versão atual, para ser um livro infantojuvenil, pude abandonar a fada e ampliar os diálogos e as descrições do Reino, pois queria brincar mais com o humor. Mas desde a primeira versão a estrutura continuou a mesma, com poucas mudanças…

 

 

PRINCESA CLARA

 


Como é sua relação com seus pais? Como é ser alguém alegre em meio a tantas pessoas mal-humoradas no reino?


Bem, sabe como é, eu adoro meus pais, mas sempre achei que eles eram meio… mal-humorados. Então, desde pequena, aprendi a deixar de lado as implicâncias deles. Claro que houve dias em que me senti triste, por ter tanto mau humor ao meu redor! Mas sempre gostei de flores e de cores alegres, por isso me acostumei a focar em coisas boas e não me importar com maus humores!

 

Antes da chegada do menestrel você já gostava de música?

 
Ah, sim. Tive uma aia que cantava lindas cantigas para mim, quando era bebê. Pena que ela foi logo embora do Reino – mas nunca esqueci que, quando ela cantava para mim, eu me alegrava! E continuei cantando por dentro, apesar de tudo!

 

Como é sua relação com o Primeiro-Ministro?


Ih, ele é um chato. Mas nunca me incomodou, não. Os Ministros e funcionários do palácio sempre me deixaram em paz. Achavam que, um dia, eu ia crescer e ser tão mal-humorada quanto eles. SÓ QUE NÃO, rsrsrs!

 

Como teve a ideia para soltar o menestrel? Já tinha tido contato com amplificação de som antes?

 

Não sei bem como a ideia me ocorreu. Foi assim de repente, quando eu estava muito aborrecida com a injustiça da situação, e percebi que os canos vazios percorriam todo o palácio… Não sabia nada sobre amplificação de som, mas agora estou me especializando no assunto!

 

Como está a Real Escola de Educação Musical?


Uma beleza! Todas as crianças do Reino querem estudar música, logo teremos de ampliar as salas de aula e contratar mais professores! Estou tentado convencer meus pais e o Primeiro Ministro de que os melhores salários devem ser pagos não aos ministros, mas aos professores, que são a maior riqueza de qualquer reino!

 

E sua oficina de caixinhas musicais?


Não estamos dando conta de todas as encomendas. Precisei contratar mais profissionais, e agora temos diretores de Arte e designers, que criam belas formas e cores para nossas caixinhas! Também estamos contratando músicos e musicistas, para compor novas melodias que serão tocadas nelas. Artistas de todas as modalidades são muito bem-vindos ao nosso Reino, agora! Há emprego para todos! Feliz do reino que abriga e recompensa muitos, muitos ARTISTAS!

 


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